Comi uma galinha e tô pagando o pato

Foto: Glaucia Rodrigues

No palco, Carlos Nunes interpreta o presidiário Zé da Silva, narrando, com muito humor e pitadas de ironia, como foi parar na prisão após roubar a galinha de estimação da filha de um deputado. Na narrativa, por causa do ocorrido, o deputado entra com Projeto de Lei em Brasília para transformar a galinha em animal sagrado no Brasil assim como a vaca é na Índia.

O humilde desempregado, que foi criado obedecendo às leis divinas e que aprendeu com a mãe que “a inducação, a honestidade e a personalidade vem do berço”, fica sem entender porque um crime tão simples, cometido apenas para livrar a família da fome, o deixou tanto tempo atrás das grades.

Enquanto vive o medo de ter o Projeto de Lei aprovado, ele divaga, com seu advogado, sobre crimes tão mais sérios que ficam impunes e situações reais que mereciam mais atenção como: a pobreza “eu moro num aglomerado tão carente que eles estão roubando até curativo de machucado”; as falhas na educação; o descaso com a saúde “o Ministério da Saúde já está advertindo: ficar doente é prejudicial à saúde”; o salário dos aposentados; a atuação da polícia; a impunidade e liberdade parlamentar; os direitos garantidos a todo cidadão pela Constituição Brasileira; e outros temas que, além de atuais, são citados com muita propriedade e irreverência.

Texto: Carlos Nunes e Nazir Malaheb
Direção: Fernando Couto
Elenco: Carlos Nunes e André Maurício

Data: 20 a 22/07/2018
Horário: sex e sáb às 21h, dom às 19h
Local: Cine Theatro Brasil Vallourec - Praça Sete - Belo Horizonte – MG
Classificação: 14 anos

Ingressos: R$40,00 inteira e R$20,00 meia

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Atenção: A programação pode ser alterada sem aviso prévio ao Trilha Cultural.
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