Entrevista com Mart’nália
Por Cristina Sanches - Trilha Cultural
Ela é sambista de berço. Acompanhava o pai às rodas de Vila Isabel desde muito pequena. Ali, que aprendeu a sambar, cantar, tocar violão e pandeiro. E assim se apaixonou pela música. Trata-se de Mart’nália.
O Trilha Cultural esteve no show da filha de Martinho da Vila, em Belo Horizonte, onde a cantora apresentou seu último trabalho “Mart’nália em África ao Vivo”, no Samba Rock Festival, e dividiu o palco com o ex-Titã Nando Reis.
Confira um bate-papo rápido com a cantora.
1- Nome, idade e profissão?
Mart’nália Mendonça Ferreira, 45 anos cantora e compositora.
2 – Porque escolheu a África para gravar seu mais novo álbum? Como foi a experiência de gravar na África? Agregou algum diferencial ao álbum que talvez não acontecesse se gravado no Brasil?
Mart’nália: A África é um lugar que vou desde quando comecei a cantar com meu pai. Tenho um carinho muito grande por lá. Num seria igual fazer no Brasil porque tem um documentário sobre os costumes, as diferenças, sobre o que a África é para mim.
3 – Fale um pouco do Martinho da Vila pai? Martinho da Vila músico?
Mart’nália: Nasci com ele misturado: pai e artista. Então só aprendi a separar quando ele foi meu patrão (risos).
4 – Você seguiu o caminho da música por ser filha de um músico ou porque sentiu que sua veia natural era a música?
Mart’nália: Meu caminho na música foi trilhado naturalmente, desde criança, vivendo entre o pai e o artista, crescendo, participando e aprimorando.
5 – Como você vê a qualidade da atual música brasileira?
Mart’nália: Acho a música brasileira espetacular!
6 – Novos projetos?
Mart’nália: Projeto África por enquanto!
7 – O que você acha dessa mistura de sons e das batidas do samba-rock?
Mart’nália: É o samba rock meu Irmão. Mas em compensação eu Quero mais é ver o Obama de frigideira numa batucada brasileira.
8 – Você dividiu o palco com Nando Reis. Como foi a experiência?
Mart’nália: Sou fã do trabalho dele desde os Titãs. Nunca tínhamos feito nada juntos. Foi ótimo. Aproveitei e reforcei um pedido antigo, para ele fazer uma música para meu próximo CD. Foi um show de alegria, muita música para dançar e cantar.
Mart’nália – Rapidinhas
Cor preferida?
Azul e branco
Gosta de cozinhar?
Gosto sim. Faço um miojo sensacional!
Prato preferido?
Rabada, feijoada, macarronada, e comida japonesa.
Restaurante preferido?
Japonês
Lazer?
Praia
Lugar para viajar?
Praia
O que não pode faltar em uma viagem?
Cerveja
Lugar que deseja conhecer?
Fernando de Noronha
Mart’nália em África ao Vivo
Resultado de uma série de shows realizados de Mart’nália e sua banda no continente Africano, em 2008, quando se apresentaram em Luanda (Angola) e Maputo (Moçambique), o álbum traz 16 músicas, sendo sete do CD anterior “Madrugada”. O trabalho rendeu um CD e um DVD, além de um documentário com as participações dos escritores Mia Couto e Manoel Rui, da atriz Regina Casé, do compositor e cantor Chico Buarque, e também dos músicos Gilberto Gil, Martinho da Vila, Carlinhos Brown, Mayra Andrade – cantora de Cabo Verde radicada em Paris -, as irmãs Analimar e Maíra Freitas e a sobrinha Dandara Black, que participaram de uma roda de semba (significa samba na África), gravada no quintal de casa de Mart’nália, no Rio de Janeiro.
No show, Mart’nália canta clássicos de sua carreira, que soma oito discos gravados e três DVDs. O público confere “Cabide”, presente de Ana Carolina e tocada na novela Paraíso Tropical da TV Globo, canção que consagrou o disco “Menino do Rio” (2005), “Don’t Worry, Be Happy!” (Bob MCFerrin), também tema da global “Três Irmãs”, “Só sei que sou da Vila”, “Deu Ruim”, “Ela É Minha Cara”, “Tava por Aí”, “Angola” e “Chega”. No palco, Mart’nália vem acompanhada dos músicos Alfredo Doca Machado (violão), Fernando Caneca (guitarra), Pedro Moraez (contrabaixo e vocal), Thiago da Serrinha (cavaco, percussão e vocal), Macaco Branco (percussão), Junior Crispin (percussão e vocal) e Analimar Ventapane (vocal e percussão).
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