Farnese de Andrade – Arqueologia Existencial

Foto: Andrew Kemp

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 20 de março a 20 de maio de 2018, a mostra Farnese de Andrade – Arqueologia Existencial, que reúne um conjunto de 71 assemblages e objetos pertencentes a coleções particulares e a herdeiros do artista plástico mineiro, mapeando sua produção ao longo dos anos 1970, 1980 e 1990.

A exposição traz também o filme Farnese (1970), do cineasta Olívio Tavares e Araújo, uma entrevista em vídeo com o curador e textos/poemas que ajudam a elucidar a trajetória e fundamentos criativos do artista.

Farnese de Andrade (1926 – 1996) foi um artista múltiplo cuja produção, vida e arte se enlaçam de maneira inseparável dando origem a uma obra densa, de caráter fortemente autoral. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, a mostra apresenta a linguagem única e singular do artista, incorporando aspectos de sua personalidade e trajetória às diferentes fases de sua obra.

Apontado como dono de uma personalidade difícil e de uma produção marcadamente autobiográfica, Farnese revelou, em seus trabalhos, uma densa trajetória pelas memórias de infância, do pai, da mãe, dos irmãos e da sagrada família mineira, além de um certo aspecto libertário e transgressor, a partir de sua mudança para o Rio de Janeiro. Pautada no inconsciente, a poética de Farnese de Andrade contrasta com as de outras tendências do período, como as da arte construtiva e concreta. Produziu, assim, uma obra na qual o lirismo oscila do concreto ao abstrato e o bruto consegue ser gentil.

 

 

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