Toinho Melodia lança “Paulibucano”

Primeiro álbum do artista narra a trajetória do menino que deixa a periferia de Recife e vai, entre os bambas do samba, se tornar compositor na maior cidade do Brasil 

Toinho Melodia acaba de lançar seu primeiro disco, “Paulibucano”. Por meio de 13 faixas, álbum narra, de maneira quase autobiográfica, a trajetória do menino negro que deixa a periferia de Pernambuco, mais especificamente Recife, e vai – em busca de uma vida melhor – morar na maior cidade do país. Em São Paulo, entre as tardes e noites na Vila Maria, Peruche e Vai-Vai, torna-se compositor e entende seu caminho artístico entre os bambas do samba.

Carregado de particularidades dessas duas regiões brasileiras, evidentes no neologismo adotado para o título do projeto, trabalho traz a narrativa dos cordelistas, com sotaques e melodias nordestinas, além da malandragem tipicamente urbana e paulistana, passeando pelo xote, samba de terreiro, parceiros, lugares e memórias.

Gravado nos estúdios Casa da Lua, Centro Universitário Belas Artes e Medusa, o álbum conta com arranjos do maestro Edson Alves e foi idealizado por Rodolfo Gomes, líder do Conjunto Picafumo, grupo que acompanha Toinho há mais de 5 anos. Rodolfo também assina a produção musical, ao lado de André Santos e Gabriel Spazziani.

Abrindo os caminhos, “Referência” é um tributo aos baluartes do samba de São Paulo, como Toniquinho Batuqueiro e Jangada, principais influências musicais do artista.

Em seguida, “Traste”. Composta por Talismã., essa é a única música que Toinho Melodia não assina a composição.

Embaladas por zabumba, triângulo, sanfona, viola e rabeca, “Aboio” e “Siri de lá” fazem uma viagem pela cultura nordestina, destacando a figura do boiadeiro e a rica culinária regional.

Logo depois, “Pretexto” e “Sem Rumo” percorrem o caminho entre as duas cidades inspiradoras.

Filosofia no Morro” e “Malemolência” desenham, com uma batucada cadenciada, a juventude do músico.

Para falar de amor e saudades, assunto recorrente no cancioneiro popular brasileiro, “Sem Eira Nem Beira”.

Partindo para os desafios e dificuldades, sobretudo nas experiências vivenciadas pelo morador de periferia, “Le Bolivia”.

Assumindo-se cronista, Toinho Melodia, com participação de Rodolfo Gomes, conta, em “Malva Rosa” e depois em “Catiripapo”, casos do cotidiano do mundo do samba e da malandragem.

Para fechar, Toinho Melodia canta acompanhado pelo maestro Edson Alves, a mais do que atual “Vida de Sambista”, em voz, violão e emoção.

Lançado de maneira independente,“Paulibucano” já está disponível em todas as plataformas digitais.

 

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