Ufna – Ubuntu Festival de Negras Artes

Em sua segunda edição, o UFNA – UBUNTU FESTIVAL DE NEGRAS ARTES – traz como tema ARTES ENTRECRUZADAS, levando ao palco do Gamboa Nova artistas negros em diversos âmbitos como direção, atuação e produção, para mostrarem seus trabalhos nas mais variadas linguagens artísticas.

O festival nasceu em 2016, idealizado pelos atores Leno Sacramento, Naira da Hora e Shirlei Sanjeva e pela produtora Luciene Brito, com o objetivo de reunir e incentivar a produção cultural de artistas negros num espaço de coletividade. A ideia é oferecer um local onde seus trabalhos possam ser mostrados, que isso some como experiência ao currículo do artista e da sua obra. Esse ano o festival acontecerá entre os dias 15 e 26 de novembro, novamente prestando uma homenagem ao mês da Consciência Negra.

 

“ELES NÃO ME DISSERAM ISSO”

15/11 | Quarta-feira | 20h

Classificação: 16 anos

Na infância, a reprovação, na vida adulta, a exotização. O espetáculo Eles não me disseram isso traz a construção de uma bixa preta de uma colônia assassina que, todos os dias, sai de casa vestida de coragem e armada com sua voz, seu corpo e sua vivência. A família aponta, o tradicionalismo atira e, assim, a sociedade frágil se entretém. O intérprete Ícaro Ramos detalha a construção do “eu” de pessoas que têm na palavra “existência” um sinônimo para “resistência”, com texto do autor Filipe Moreira, sob a direção de Bruno de Jesus.

 

CANDOMBLACKESIA: AXÉ E POESIA NA BATIDA

16/11 | Quinta-feira | 20h

Classificação: Livre

Uma seleção poética embalada pelas batidas da percussão afro-baiana e por elementos do funk, do rap e do jazz, dá vida ao CandomBlackesia: Axé e Poesia na Batida. Apresenta textos que levam para o palco, além de temas contundentes do movimento social negro e do candomblé, elementos estéticos da poesia do slam, do dub-poetry e do  rap. Nelson Maca, o idealizador do projeto, é acompanhado do Afro Power Trio – formado pelo percussionista Jorjão Bafafé (coordenador o bloco afro Okánbi), pelo trompetista João Teoria ( músico da banda Skanibais e  OrkestraRumpilezz) e pelo DJ Gug (DJ junto aos artistas Ganja e Nova Era). Estreou no PercPan – Panorama Percussivo Mundial e já foi apresentado em espaços como o Teatro Gamboa Nova e na Praça Pedro Ancanjo, além de integrar a programação dos projetos Dominicaos, Festival de Ilustração e Literatura da Bahia e a Flipelô – em agosto passado. Em São Paulo, marcou presença na grade da Balada Literária e realizou três apresentações no circuito SP Cultura.

 

ENTRELINHAS

17/11 | Sexta-feira | 20h

Classificação: 14 anos

O espetáculo tem como temática central as diversas expressões da violência contra a mulher, através de um diálogo tridimensional entre tempo e ideologia. Sua construção cênica, alicerçada por uma alvenaria sincrônica entre corpo, movimento e sons, permite ao público mergulhar com crueza nas feridas e cicatrizes de um sistema opressor naturalizado que mutila milhões de mulheres no Brasil e no mundo. A obra, coreografada e interpretada pela artista Jack Elesbão, apresenta um intenso e simbiótico trabalho de corpo aliado à diversos elementos cênicos, para compor uma partitura dramatúrgica com uma maior riqueza de detalhes e referências históricas. Entrelinhas já participou, entre outros espaços, do festival Viva Dança e das Terças pretas do Bando de teatro Olodum.

 

EN(CRUZ)ILHADA

18/11 | Sexta-feira | 20h

Classificação: Livre

Do teatro como instrumento de luta contra as vertentes problemáticas dessa sociedade construída a partir da injustiça social, nasce En(cruz)ilhada, um monólogo onde a linguagem corporal é o idioma principal. Sob a direção de Junior Roquildes, o autor do texto, Leno Sacramento sobe ao palco para mostrar um espetáculo onde a vítima não está isolada e é conduzida a várias formas de morte, levando o público a perceber que pode estar em dois lados diferentes de uma única história. Estreado esse ano, na sala João Augusto no Teatro Vila Velha com sucesso de público, já esteve em cartaz no Teatro Gamboa Nova e recentemente participou do Festival Rede Terreiro Contemporâneo de Dança, em Belo Horizonte/MG.

 

BANDA ConFUSÃO

19/11 | Domingo | 17h

Classificação: Livre

A Banda ConFUSÃO traz como proposta a musicalidade sem fronteiras de rítmos. A forte influência vem do Rock’n’Roll e da musicalidade regional e universal, além de resgatar a música de raiz nordestina e misturar com a música contemporânea urbana. É uma FUSÃO de rítmos, elementos do teatro e poesia. É composta pelos músicos Alex Pantera (guitarra), Adison Açúcar (percussão), Anderson Reis (percussão), Luciano Robô (vocal), Niel Alves (guitarra), Wiran Genipapeiro (contrabaixo), Zuzu Nascimento (bateria) e vem participando com frequência da cena da música alternativa de Salvador, em projetos como: Tubo de Ensaio no Teatro de Plataforma, Festa do Sindicato das Telecomunicações no Bahia Café Hall (2013), Festival Música Ilimitada, Projeto Minha Banda na Feira (Na A Feira da Cidade), entre outros espaços alternativos.

 

ARDOR (estreia)

22/11 | Quarta-feira | 20h

Classificação: Livre

Até onde vai a força de uma mulher quando se depara com os obstáculos que colocam em risco sua existência? Ardência, sensações e vivacidade. Ardor encarna as lutas das mulheres dentro de um sistema que não contempla sua natureza, afetos, necessidades. Desejos reprimidos, vontades abafadas. A urgência de existir aquece conflitos internos e externos que as colocam à prova insistentemente. É o cotidiano de uma mulher retratado em meio a ritmos e movimentos pela intérprete Meirejane Lima, sob direção de Nirlyn Seijas.

 

PERFOMÁTICOS QUILOMBO

23/11 | Quinta-feira | 20h

Classificação: Livre

Performáticos Quilombo – O Som da Palavra!  apresenta um show que contempla multi áreas e embala o público com um espetáculo de ritmos, poesias, artes cênicas, artes visuais, religiosidade e promove através das artes integradas a cultura antirracista. Com uma atmosfera mágica e envolvente, o grupo traz consigo um espetáculo multissensorial, cujo repertorio agrega canções autorais e releituras de artistas baianos, como Dorival Caymmi, Mateus Aleluia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Lazzo Matumbi e Gerônimo. O grupo, formado há mais de 4 anos por diversos artistas, sob a liderança do ator Antônio Souza, já mostrou seu trabalho no Troféu Caymmi, Sarau Som da Palavra e em diversos espaços da cidade de Salvador.

 

KAIALA

24/11 | Sexta-feira | 20h

Classificação: Livre

Kaiala conta a história de uma menina de 10 anos, iniciada no candomblé de tradição angola, que foi assassinada em um ato de intolerância religiosa, quando seu terreiro foi invadido por um grupo de evangélicos que quer por fim aos cultos de matriz africana.A motivação para construção do espetáculo é resultado de uma inquietação pessoal. “Surge de uma revolta minha com relação a esse tema. O surto que adentrou a periferia de preconceito racial, a migração do povo de santo para a religião evangélica. Então me vi instigado a falar sobre isso”, conta o ator Sulivã Bispo, que assina o texto inicial e a concepção do espetáculo, cujo a direção fica por conta de Tiago Romero, que colaborou também na finalização do texto final. Com este solo, o ator foi indicado ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria melhor ator de 2016.

 

SLAM DAS MINAS

25/11 | Sábado | 18h

Classificação: Livre

Encontros de um estilo poético, nos quais poetizas competem entre si por seus desempenhos e versos, este é o conceito de Slam. Inspiradas em grupos espalhados por todo o país desde 2015, as jovens  Dricca Silva, Fabiana Lima, Jaqueline Nascimento e Ludmila Laísa criaram em 2017 o coletivo Slam das Minas-BA e em suas vozes intercalam releituras e músicas autorais com suas poesias. Já foram realizadas seis edições da batalha de poesia exclusivamente feminina na capital baiana, além do coletivo ter participado de intervenções poéticas em eventos como a abertura da conferência com Ângela Davis na Reitoria da UFBA e Abertura do Show de Flora Matos e IFÁ no Clube Fantoches no ano de 2017. O Slam contará no dia com o Pocket Show de Visioonárias e Intervenção poética do Coletivo Zeferinas: Coletivo poético formado por mulheres negras de Cajazeiras, inspirado em Zeferina, Rainha do Quilombo do Orubu. Usando a arte como ferramenta de resistência.

 

VISITA_SHOW MUSICAL DE ALEXANDRA PESSOA
26/11 | Domingo | 17h

Classificação: Livre

Alexandra traz sua memória musical afro-baiana e nordestina através do Soul e do Jazz. Mescla experimentações percussivas com uma forma própria de usar o canto, fragmentando células rítmicas, buscando originalidade nas letras e revelando uma sonoridade muito particular. Em seu primeiro álbum lançado em janeiro deste ano, assume a direção musical, produção e participa da elaboração dos arranjos. Além de tocar percussão em algumas faixas. O disco conta com participações de Mauricio Lourenço, Nelson Maca, e os percussionistas: Gabi Guedes e Orlando Costa. Esse lindo trabalho integra a programação do UFNA ano II, e será apresentado no formato de um belíssimo show.

Data: 15 a 26/11/2017
Local: Teatro Gamboa Nova - Rua Gamboa de Cima 03, Aflitos - Salvador - BA
Contato: 3329-2418

Ingressos: R$10,00 inteira e R$5,00 meia

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Atenção: A programação pode ser alterada sem aviso prévio ao Trilha Cultural.
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